Os países imperialistas e capitalistas, impulsionados por uma mentalidade de exploração insaciável, são os principais protagonistas pela devastação ambiental. Sob o véu do crescimento econômico voraz, as nações consomem recursos naturais em uma escala seis vezes maior do que as contrapartes em desenvolvimento.


O mundo testemunha o crescimento exponencial no consumo de recursos, alimentado pela ânsia insaciável por lucro e poder. Dados do relatório do Painel Internacional de Recursos do Pnuma corroboram a realidade. Desde 1970, o consumo de recursos triplicou, resultando em impactos devastadores para o meio ambiente e para a saúde humana.


A extração e processamento de recursos são responsáveis por mais de 60% das emissões de gases de efeito estufa e por 40% dos impactos da poluição do ar relacionados à saúde. Além disto, a extração de materiais deve aumentar em 60% até 2060, segundo projeções do relatório.


Os efeitos da extração e do processamento de biomassa são particularmente preocupantes, sendo responsáveis por 90% da perda de biodiversidade relacionada à terra, estresse hídrico e um terço das emissões de gases de efeito estufa.


De forma semelhante, a extração e o processamento de combustíveis fósseis, metais e minerais não metálicos também desempenham um papel negativo, contribuindo com 35% das emissões globais.


O resultado é uma crescente desigualdade ambiental, onde as nações mais pobres e vulneráveis são as mais atingidas, enquanto os países mais poderosos prosperam à custa do planeta.

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